domingo, 11 de outubro de 2009

O Cavaleiro da Triste Figura


Local: D.A. da Fafich
Descritores: Muita fumaça, rádio ligado, música rolando

-Dom Quixote.
-O quê?
-É, Dom Quixote. Digitaí.
Escrevi sem entender porque Olavo havia me sugerido tal personagem para ilustrar o artigo publicado pelo Durso.

Logo surgiram as imagens do google... Diversos desenhos, gravuras e fotografias tentando representar a figura do nosso Ilustrísimo Hidalgo Caballero Dom Quijote de la Mancha! Herói digníssimo que enfrentará gigantes para acabar com as injustiças do mundo e conquistar o amor de sua amada donzela, dama de alta nobreza, Dulcinea del Toboso.

Tudo bem, indaga o leitor, mas que artigo é esse, que ilustração é essa?

Bom, Pedro, Olavo e eu decidimos criar um blog. No entanto, o tempo decorrido entre o nascimento da idéia e a confirmação dela durou centésimos de segundo. A gente nem dialogou a respeito do que seria o blog, sua função, seu objetivo.

Foi a decisão mais rápida que eu já tomei. A idéia surgiu e se concretizou instantaneamente! Um verdadeiro fenômeno! Jamais me esquecerei deste acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas: a fração de um espectro do tempo inacessível aos nossos sentidos... A materialização de uma abstração.
Enfim...

Após a criação da página, Pedro escreveu um artigo anunciando a Festa de Inauguração cujos melhores momentos, os babados e os barracos ainda serão publicados aqui, na coluna social. Faltava, assim, colocar uma foto, tarefa incumbida a mim e ao O.G.R.O.

-Aí bicho, tem altas, qual você prefere?
-Clica nessa aqui Pedrão...
-Salvador Dali?
-Até que parece... mas acho que não é dele não.
-Deixa eu ampliar a foto...

Uau! A pintura ampliada era visivelmente nítida. Fixei meu olhar na tela tentando abstrair significados que não estavam revelados: O Cavaleiro da Triste Figura e seu fiel Escudeiro montados no Rocinante, e, ao mesmo tempo, unidos em uma gestalt que constrói o semblante melancólico do nosso herói. Olavo estava certo, a imagem era perfeita. Encontráramos a ilustração ideal!

Mas, contudo, porém, todavia, o ideal não se concretiza pela nossa vontade. Existe uma probabilidade matemática que conspira contra a processualidade de nossa vida. Murphy já nos havia demonstrado isso empiricamente com a elaboração de suas leis. Por exemplo, a torrada cai com o lado da geléia pra baixo, o telefone toca no exato momento que você abre a torneira do chuveiro e a água quente te molha por inteiro, e também, a internet dá pau e não baixa a imagem na hora que você precisa. Não. Não baixou.


Nós ficamos a ver navios...

E agora José?

E agora Sancho?

Tudo vem ao seu tempo e compensa o perdido?






Um comentário:

  1. Ainda bem que não discutimos sobre do que seria o blog, sua função, seu objetivo.


    Imagina,Que graça teria?

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