domingo, 16 de maio de 2010

O SEGREDO DO UNIVERSO



(João Carlos Salles)
DO CAROÇO DE AZEITONA

Em três tentativas, quantas eu acerto o caroço de azeitona no copo?
Fiz o teste.
Nenhuma.
Tentei novamente.
Em quatro tentativas, acertei o copo uma vez.
Se, em quatro chances eu acerto uma, quantas eu acertarei em seis?
Arrisquei a quinta e errei.
A sexta caiu dentro.
Como pode em três cair nenhum e em seis cair dois caroços e eu falar em proporção?
Conclusão um: eventos são aleatórios e os fatores não seguem uma lógica de proporcionalidade.
Enfiemos a regra de três!
Pergunta um: se eu tivesse infinitas chances, quantas vezes eu acertaria?
Resposta: infinitas vezes.
Oras, no caso, eu posso errar milhões de tacadas seguidas e acertar uma que, mesmo assim, se continuar jogando infinitamente, acertarei de tempos em tempos pela eternidade. Ou seja, infinitas chances confirmam infinitos acertos de infinitas formas distintas infinitas vezes.

DA NOÇÃO DE TEMPO

Quanto tempo passou antes do início dos tempos?
Cem anos?
E quanto tempo se foi antes desses supracitados cem anos precedentes ao início dos tempos?
Mil anos?
E antes?
E antes?
E antes?
E antes?
E antes?
Ad infinitum.

DA NOÇAO DE ESPAÇO

Até onde vai o universo?
O fim é uma parede intransponível? E se tentarmos um raio x alem dessa parede, o que se vê ?
Nada?
Oras, então não é o fim do universo, é apenas uma parede que separa um conjunto de coisas do nada. Mas o nada existe. Se ele existe é porque esta lá. Se está lá, ainda faz parte do universo, sendo abarcado também por ele.
Fomos pra cima até então, iremos abaixo agora:
O átomo não era o menor corpo?
Não.
Ah! Então é o elétron?
O que? Tem quarks?
Mas e esses de que são feitos?
Será que são os menores?
Mas os menores? São compostos pelo quê?
De corpos menores.
E esses corpos menores ainda?
Deu pra entender.


DA TEORIA DA ALEATORIEDADE PARALELA

O universo é uma disposição de espaço no decorrer de um tempo.
Se bem compreendidos os tópicos primeiro, segundo e terceiro, pode-se ter uma visão do tempo como um transcorrer terrivelmente infinito e do espaço como grandeza impossível de se limitar.
Assim, resta o caroço de azeitona.
Os eventos jogar o caroço no copo, quando limitados, já seguem regras de aleatoriedade, mas não de infinitude. Porém, se eternamente se jogassem caroços no copo, ocorreriam também infinitos acertos.
Em três tentativas, delimitamos um tempo e um espaço. Dessa forma o limite máximo de acertos seriam três e o mínimo zero. Porém, quando o tempo e espaço são colocados a tender ao infinito com as eternas tentativas, o numero mínimo de acertos é igualmente infinito.
Portanto, a regra universal é: No universo ocorrem infinitos eventos, de infinitas formas, infinitas vezes.
E a regra mais divertida é: No universo já ocorreram infinitos eventos, de infinitas formas(inclusive essa que a nós é perceptível), infinitas vezes.
Não falo a outra regra porque seria clichê falar de presente passado e depois futuro, imagine!

DA CONCLUSÃO SÁDICA

Você já foi você infinitas vezes perdido no tempo, seguindo perfeita e exatamente todos os mesmos eventos que se transcorreram até hoje infinitas vezes.
Viu? Você não passa de um repeteco.
Entendeu? Ou quer que eu REPITA?

3 comentários:

  1. física quântica, princípio da incerteza, matemática probabilística e teoria do caos... uau... haja eficiência neural!

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  2. Esse post é inválido. Não haviam azeitonas em casa pra você fazer suas experiência.

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